PAÑIKE - ORÉ

A MIRIPONAN é uma produtora que atua com a  criação, produção e difusão artística, desenvolvendo projetos em múltiplas linguagens com foco em narrativas decoloniais, indígenas e afrodiaspóricas, mobilizando temas como ancestralidade, identidade, território e futuridade. Fundada em 2023 por Abi Poty e Xipu Puri, nasceu da urgência em trazer perspectivas indígenas como fundamento de um empreendedorismo social no âmbito da cultura, "produzindo mundos", junto a artistas que transitam entre o audiovisual, artes visuais e do corpo, música e literatura. A produtora MIRIPONAN tem suas raízes plantadas nas periferias urbanas, no interior do Brasil e nos movimentos de retomada cultural e epistêmica empreendidos por povos e grupos humanos subalternizados. O termo "miriponan" tem origem no kwaytikindo, significando "olho da onça", estando na origem da palavra "noite", "miripon", dentro da cosmopercepção do povo Puri.

HISTÓRIA

Miriponan é uma produtora fundada em 2023 pelos artistas Abi Poty e Xipu Puri, em Mariana (MG), com o projeto Intermundos, que viu seu eixo narrativo expandir-se organicamente para a produção de uma obra que propõe reunir memórias indígenas contemporâneas de modo poético por meio das linguagens da música, vídeo, performance e literatura. Foram produzidas duas obras: Nascer de Novo (2023), com produção musical de Xipu Puri em colaboração com Abi Poty, e KA'A (2024), em colaboração com Djatsy Motara. Em 2024, a MIRIPONAN realizou a exposição coletiva KAAPORÃ, no Centro Cultural da Diversidade, em Itaim Bibi (São Paulo, SP), reunindo alguns dos artistas que hoje integram a galeria virtual da produtora: Abi Poty, Anabya, Djatsy Motara, Julia Duarte e Xipu Puri. A exposição trazia cosmopercepções de origem indígena e africana, marcadas historicamente pela experiência da diáspora e epistemicídio, representando a busca pelo fim dos deslocamentos que marcaram o nascimento do Brasil. Com projeto expositivo de Abi Poty e Xipu Puri, a produção executiva de Julia Duarte marcou sua entrada na produtora.

Em dezembro de 2024, os diretores da MIRIPONAN participaram do Programa de Contação de Histórias do Museu das Culturas Indígenas (MCI), com o experimento cênico Wirapu’ru, performado por Abi Poty com dramaturgia escrita por Xipu Puri, a partir de memórias do artista Potyguara. Xipu apresentou seu conto O Passarinho Que Viu o Vento e histórias sobre o povo Puri. Em 2025, a MIRIPONAN fortaleceu sua atuação no campo audiovisual ao produzir o videoclipe do single Eu Abri o Caminho da artista e compositora Canario Negro, afirmando seu compromisso com a diversidade e aliança com o povo negro. 

Atualmente, a MIRIPONAN está em fase de desenvolvimento de novos projetos, como o podcast "ANAMAKOYA" que reunirá artistas para discutir sobre arte, território e espiritualidade. Lançaremos uma galeria virtual 3D, com exposições inéditas e uma lojinha onde será possível adquirir obras de nossos artistas parceiros. A MIRIPONAN prepara ainda um longa-metragem autobiográfico de Abi Poty, com previsão de lançamento para 2026.

Campo de atuação e objetivos

• Produção de videoclipes, curtas-metragens, livros, documentários e álbuns visuais;

• Desenvolvimento de instalações artísticas, performances, contação de histórias e exposições;

• Produção executiva de festivais, mostras, residências e ações culturais diversas;

• Curadoria e consultoria para mostras e projetos que envolvam as temáticas indígenas, negras e lgbtqia+.

• Manutenção de um banco de artistas diverso;

• Formação e oficinas voltadas a jovens artistas indígenas e pessoas racializadas, ampliando a presença de seus saberes no campo da arte contemporânea e das mídias.